Publicações

Amiga (o) de caminhada, Não confundas autonomia com recursos oferecidos a ti pela divina providência. Autonomia é estágio de um processo deflaglado por ti mesmo(a). Em verdade, um efeito de tua perseverança na longa e exaustiva viagem da interiorizaçao. Pede a DEUS para dilatar teu dicernimento a fim de usá-la afinada com os propósitos do bem, entretanto, felicita a ti mesmo(a) lográ-la,porque é conquista individual,inalienável e intransferível. De nossa parte, se algo fizemos para chegares até este ponto evolutivo,foi, tao somente, lembrar-te sempre que todos merecemos se felizes. ( Do livro: Escutando Sentimentos)

Chico Xavier - Programa Pinga Fogo

Eu fico pensando...

O quanto que levo minha vida tranquila


Na atividade e na passividade.

Enquanto eu vejo tantas pessoas com preocupaçoes

Eu gradeço a DEUS minhas despreocupaçoes.


Nao me importo muito com o amanhã, o que me importo na verdade é com o que tenho feito e como tenho agido no meu dia a dia

Claro que sou cheia de conflitos, conflitos internos mas me me ajudam cada vez mais no amaduecimento do meu ser.

O que seria de mim sem eles...

Talvez uma pessoa vazia, sem princípios, sem perspectivas, sem vontades.

Fico sempre na minha, vivendo a minha passividade, nao me envolvo com assuntos alheios, a nao ser que me procurem, como é muito comum me escreverem, para desabafar,pedir conselhos ou  alguma orientaçao.

Fico muito feliz, pois dentro de minha passividade, sempre arrumo um jeito encorajador, animador, sempre procuro palavras que fazem bem, sem cobrança, sem apontamentos apenas com breves reflexões e que com o passar do tempo percebo realmente o quanto uma palavra um tempinho cedido fazem bem, a diferentes coraçoes...

Dia desses, voltando com minha filha, encontrei minha vizinha que mora ao lado, nunca havia parado para conversar, uma vez que moro aqui a pouco tempo. Ouvi uma coisa tao assustadora que me fez rir, pensar um pouco e rir denovo. E pensar novamente...ela nao sabe o que fala...Pobre coittada!

Uma senhora com seus 60 poucos anos, ainda na ativa, feliz e muito orgulhosa em dizer que acorda cedo todos os dias e vai para o escritório, adoro conversar com pessoas mais velhas, mas pessoas que tenham o que realmente compartilhar e acrescentar algo de bom...

Papo vem papo vai, no meio da conversa, sempre muito rápida, ela disse alguma coisa que eu nao lembro completando assim: ...bom para vocë, que não faz nada.  Ainda bem que já avancei alguns passos, e fiquei esperando ela terminar para entrar...E dar continuidade ao meu dia, que começa as 6:30 da manha e nao tem hora de acabar...Feliz, feliz por compreender o quanto posso nao fazer nada...apenas educar e administrar o que verdadeiramente é meu, meu lar e minha família, nao vale entrar em detalhes, uma vez que o que faço é parte integrante da minha vida, e o bom disso, é que percebi que esse é o tipo de experiencia  como da minha vizinha,  eu nao quero para mim, superestimar o que faço e subestimar o serviço alheio.

Creio que cada um tem sua própria sabedoria, para esclher seus caminhos, eu fiz a minha escolha, e percebi que se a vida começasse hoje aos meus 40 anos de idade, vivendo cada dia intensamente, e me dedicando com amor intensamente, aceitando as mudanças rotineira na minha vida, viveria povavelmente mais 40 anos no mínimo, com uma expectativa de fazer o que bem queira com muito mais equilibrio, madureza de espírito e segurança.

Se estarei casada, com filhos a minha volta, nao sei...nao me preocupo com isso, a vida é longa e cada ciclo que se passa mostra o quanto que um é diferente do outro, e que a  cada um que se inicía é melhor do que o outro que passou...basta acreditar,para que, me preocupar com o que ainda nao chegou?

O bem da verdade, é que vivo minha vida do jeito que quero, que gosto, aceitando o que o universo me proporciona.


O bem da verdade é que gosto de compartilhar tudo o que é bom com pessoas queridas, sem que eu seja invasiva.Apenas na passividade,sem impor, sem cobrar, sem desmerecer.

O bem da verdade, é que se um dia eu tenha sido vítima de alguma calúnia, um dia também  será revelado ambas verdades. Pois aprendi que tudo tem dois lados, quando se ouve apenas um lado, agimos como algozes, cometendo injustiças

O bem da verdade é que, cada um tem o direito de fazer, agir, pensar, viver, cada qual a sua maneira.

O bem da verdade, é que sou tão feliz que não existe nada que possa expressar a tamanha felicidade de se viver...


O Valor da Caridade

A caridade é valiosa em todos os seus excelentes aspectos de vida. Entendemos o termo CARIDADE pelo prazer da alma em fazer o bem sem ostentação. No entanto, a caridade mais importante, para quem a pratica, é aquela que não constrange, que não aborrece, que não se vende, que não cobra, que não estipula condições, que não pede, mas sempre dá. Em todos os seus estímulos, lembra o amor nas suas inúmeras divisões da fraternidade. A caridade caminha sempre para sublimação, passo a passo, degrau a degrau, não podendo ter exigëncias, para não se tornar em violencia; não pode ser vendida, para não se tornar comércio; não pode aborrecer, por ser ela a origem divina; não pode ter violencia, por ser ela o AMOR. Mas para que a benevolencia seja mais pura, é preciso que antes tenha o preambulo do discernimento da verdade, dos deveres e das obrigaçoes de cada um.

Quem conhece a sua posição e a dos outros em todas as faixas da vida, pratica a caridade com conhecimento de causa, e a ela passa a salvar seu praticante; ela não é simplesmente tomar o ilho de outrem para criar, atendendo as conveniencias superficiais,não é abrir as portas da casa para que morem nela os que dormem nas calçadas por comodismo, ou os que se encontram nas penitenciárias por equívocos cometidos...Por essas coisas conhecer o que é a verdadeira caridade: podemos ajudar ao faminto a ganhar sseu próprio pão, a mãe aflita a tratar do seu próprio filho e alimentá-lo, aos encarcerados, pelos meios que dispomos, a nao irem contra as leis estabelecidas na terra para corigi-los

Se verdadeirmente desejamoos fazer caridade, comecemos dentro de nós em primeira instancia, pois, na nossa intimidade existe um mundo, por vezes não imaginado, a ser consertado, pelos nossos pensamentos, pelas nossas palavras, pela nossa vida; depois , passemos a faze-la no nosso próprio lar, como sendo um convite para todos os familiares.


É inestimável todo o esforço que se possa fazer para ser caridoso, sem o fanatismo das primeiras horas, que se faça o que se puder para ser envolvido por essa senhora de porte grandioso, que desce do céu para os coracões dos espíritos, e desses para todos os seres viventes e, mesmo, para as coisas que chamamos de inanimadas, pois todas as coisas amadas nos respondem, pelo alcance que já atingiram,na escala dos departamentos espirituais.


Necessário é que se de preferencia, nas nossas atitudes, ao bom senso, que é regulador de todas as virtudes que queiramos alojar no coração; tudo carece de equilíbrio, porqur a harmonia na vida da alma é facinante, espargindo luzes de todos os matizes para fora e para dentro dos dois mundos que nos acolhem.


De qualquer sorte, todo tipo de caridade é valiosa. Ela não precisa ter grandes movimentos nem se empenhar com muito dinheiro: vejamos a que JESUS apontou como caridade maior, ante aqueles dois denários da viúva, pelo modo que foi praticada, sem registro do gazofiláceo. Qualquer um pode fazer caridade valiosa, porque os sentimentos que o acompanham é que dão a tonalidade divina, na divina expressão do amor. Antecedendo ao ato de dar, é preciso que haja amor no coraçao,a doar primeiramente a fraternidade, com o prazer de servir. Paulo de Tarso sentiu a felicidade desta caridade, quando escreveu sobre ela, sublimando esse dom divino.


Se já despertaste para a caridade, faze-a com alegria, de modo que essa alegria se transforme em paz, e que essa paz se transmute em bem estar, computando forças de todos os tipos para p bem comum; e na soma de todas elas, aparecerá o amos, como o sol nascido do coração de quem dá, em plena sintonia com o coração de DEUS.

João Nunes Maia & Miramez

O Carvalho e o Caniço



RETIRAR OS REMOS DA ÁGUA

Às vezes, quando o vento da renovação começa a uivar, não temos certeza de que as transformações serão para melhor. Apesar disso, devemos nos entregar, mesmo quando não sabemos aonde as mudanças irão nos levar. A Providência Celestial tem um plano só para nós, e as ventanias nos conduzirão aonde precisamos ir. Em certas ocasiões, é necessário "retirar os remos da água" e confiar na embarcação divina. Hammed




Um carvalho, de bom coração, porém superficial em seus julgamentos, uma vez que acreditava na superioridade da aparência e desconhecia os valores verdadeiros ocultos na essência, olhando a fragilidade do caniço e dele se compadecendo, assim falou:

- A natureza foi injusta com você. Frágil como é, um passarinho é uma carga pesada para suas forças. E o mais fraco dos ventos o abriga a inclinar-se e vergar a fronte. Ainda se tivesse nascido à sombra de minha ramagem e fosse mais alto, eu poderia servir de escudo para você e protegê-lo das tempestades que o ameaçam. Devo acrescentar que o admiro pela maneira como aceita, sem reclamar, a sua pequenez e a sua debilidade.

O caniço agradeceu a compaixão e a bondade do carvalho e replicou: Não se preocupe com a minha suposta fragilidade. Você se engana com ela. Por trás dessa aparência delicada existe, em essência, uma força que me faz ser forte e auto-suficiente. Eu sou flexível. Eu me curvo, se preciso for, mas não quebro. Na verdade, os ventos são mais perigosos para você do que para mim.

Mal terminou de proferir essas palavras, no final do horizonte forma-se um terrível vendaval que, furioso e implacável, fustiga tudo que lhe aparece pela frente. E o carvalho e o caniço são alvos de seus açoites.

A árvore enfrenta o vento forte e tenta a todo custo manter-se em pé; a cana dobra, inclina a fronte.

O forte, que se julgava alto como as montanhas do Cáucaso e capaz de suportar os violentos temporais, não resiste. E o vento fica mais violento e arranca aquele cuja cabeça era vizinha do céu e cujos pés tocavam o império dos mortos.


RETIRAR OS REMOS DA ÁGUA

Nada na Terra pode vencer o homem flexível, pois tudo pode conseguir aquele que não oferece resistência. A propósito, a maioria das coisas muito duras tem grande propensão para quebrar.


Dizem as tradições orientais que a água é o mais poderoso dos elementos, porque é a excelência no mais alto grau da "não-resistência". Ela pode desgastar uma rocha e arrasar tudo à sua frente. Ao mesmo tempo, quando encontra uma pedra pelo caminho, não fica irritadiça, contorna os obstáculos; e, se pressionada por algum motivo, comprime-se o quanto quer.

Não fica lá, parada, censurando, pois não vê nenhuma vantagem em perder tempo e energia por causa de um incidente natural. A água se desvia da pedra e segue normalmente seu curso. Por que se estressaria com a ordem regular das coisas?

As águas de um rio vão para o oceano, para o grandioso. É para isso que ela está em andamento. Isso é que importa. Os detritos são entraves característicos do caminho. Se a água combatesse os pedregulhos, as grandes pedras, árvores submersas, terrenos em declive, ela se consumiria desnecessariamente e, por conseqüência, retardaria sua chegada ao mar.

A correnteza ficaria intoxicada pelo mau humor e contaminada pelos ressentimentos, maculada de amarguras por todas as adversidades encontradas no leito fluvial.

Assim como o curso natural do rio tem como desígnio levar suas águas para a imensidade do oceano, nós igualmente temos um ministério a cumprir. Se ficarmos inflexíveis, resistindo e nos envolvendo com cada um dos pequenos contratempos do cotidiano, isso só vai redundar em impedimento para cumprimos a tarefa evolutiva de nossa existência.

O que mantém o dinamismo da vida na água é o fluxo da correnteza.

O movimento contínuo sustenta a vida ativa, não deixando que ela se altere substancialmente. O curso fluvial de um rio é que sustenta a vida nele.

Diz o caniço ao carvalho: "Não se preocupe com a minha suposta fragilidade. Vócê se engana com ela. Por trás dessa aparência delicada existe, em essência, uma força que me faz ser forte e auto-suficiente. Eu sou flexível. Eu me curvo, se preciso for, mas não quebro. Na verdade, os ventos são mais perigosos para você do que para mim."

Os antigos sábios perceberam que no fato do bem viver o que impera é a flexibilidade, tal como faz a água, o melhor modelo de fluxo da Natureza. Durante as estações do ano, o que percebemos é seu movimento contínuo em todas as suas manifestações: rios, lençóis freáticos, lagos, mares, neve, degelo, nuvens e evaporação.

Se a vida é transformação, variação, ciclo e impermanência, o que rege a existência humana também são as oscilações sucessivas e flexíveis que obedecem a uma Ordem Providencial. É bom lembrarmos que as almas mais fortes são as mais maleáveis, abertas a mudanças e a novas informações.

Somos membros do Universo em contínua evolução e precisamos aprender a nos adaptar e a nos ajustar a uma visão de mundo passível de transformação, reciclando pensamentos, crenças e idéias, fazendo novas interpretações das circunstâncias e das ocorrências do cotidiano. Não devemos ser homens automatizados. Onde não há liberdade para se questionar, não há ética.

Quantas vezes a maneira rígida de pensar ilude o "homem carvalho", "de bom coração, porém superficial em seus julgamentos" fazendo-o acreditar que possui uma força indestrutível como a árvore desta fábula, mas diante das tempestades existenciais "tenta a todo custo manter-se em pé; (..) se julgava alto como as montanhas do Cáucaso e capaz de suportar os violentos temporais, não resiste. E o vento fica mais violento e arranca aquele cuja cabeça era vizinha do céu ( .. .)".

Nossa alma terá firmeza e vigor diante das intempéries se conseguirmos manter a mesma flexibilidade do "caniço", prontos a ceder diante das renovações, reformulando planos, admitindo novas opiniões, aderindo a convicções baseadas em provas incontestáveis, fazendo associações prazerosas e estimulantes; angariando, assim, energias que fortalecem e alimentam o próprio espírito.

"Fluir" não quer dizer somente "passar por", "deixar-se conduzir", "percorrer distância", "circular com rapidez". O fluxo ao qual nos referimos é muito mais do que isso. Na verdade, falamos da ritmicidade cósmica que comanda o Universo e que mantém tudo em perfeita ordem.

Não existe o caos. Em todas as coisas reina um ciclo, um propósito ou trajetória em completa harmonia. Às vezes, temos a impressão de que a desordem e a confusão mental invadem nosso reino interior, mas, se olharmos num nível mais profundo, perceberemos que tudo está em plena concordância. A dureza, a agitação e o tumulto provêm da postura ególatra da visão humana.

De modo geral, as pessoas resistentes, podem estar sendo assaltadas por fortes imagens mentais de situações de inflexibilidade vividas no lar. Quando uma criatura associa um fato recente a uma situação registrada anteriormente (ainda que não se dê conta disso), seus sentimentos agem imediatamente como se ela estivesse vivenciando o próprio fato precedente.

O antigo ditado "Tal pai, tal filho", utilizado comumente para justificar qualquer tipo de escolha de um indivíduo que se revela afortunado ou mal-sucedido, vincula erros e hábitos, virtudes e vícios a um padrão familiar, imutável e inflexível. É uma generalização que confina e explica as ações dos pais e dos filhos, para o bem ou para o mal.

Existe uma ponte entre hábitos e generalização. A existência humana nada mais é do que uma textura de hábitos. Hábitos do pretérito somados aos do presente. Evidentemente, nossa forma costumeira de ser, fazer, sentir, individual ou coletivamente, é produto de nossas vivências associadas às mais diversas motivações. Elas determinam ao comportamento uma intensidade, uma direção determinada e uma forma de desenvolvimento individual da criatura.

Entretanto, não devemos nos esquecer de que na infância poderemos formatar novos padrões de comportamento, alicerçados em hábitos adquiridos em outras existências. Os regulamentos e preceitos impostos pelos pais influenciam no desenvolvimento psicossocial dos filhos.

A criança precisa do afeto real, não de cobranças. De um sentimento intenso, consistente, suave, tranqüilo, sem arrebatamentos exagerados e momentâneos, mas sim, freqüentes e duradouros.

Uma simples palavra de incentivo, um sorriso de aprovação, um olhar de encorajamento funcionam como um fermento magnífico que os pais podem e devem dar aos filhos.

Crianças que nunca são elogiadas se desenvolvem com certa dose de frustração, desapontamento, decepção, inibição e com baixa estima.

Os adultos devem aprender a aceitar os filhos como são e não formar modelos inatingíveis, desumanizá-los, julgando-os como super-homens ou tentando enquadrá-los a um padrão idealizado.

Indivíduos intransigentes são como investigadores que se apegam apenas a uma pequena parte de um todo como resultado final sobre a questão que estão tentando decifrar. E quando outras evidências são encontradas, eles as alteram para que se encaixem impecavelmente em suas conclusões precoces.

Em contrapartida, as criaturas flexíveis formulam estimativas de importância e de valor relativos até que se prove o contrário, ou seja, reconsideram e revisam de forma permanente seus pontos de vista a fim de alcançarem verdadeiramente os fatos reais.

Às vezes, quando o vento da renovação começa a uivar, não temos certeza de que as transformações serão para melhor. Apesar disso, devemos nos entregar, mesmo quando não sabemos aonde as mudanças irão nos levar. A Providência Celestial tem um plano só para nós, e as ventanias nos conduzirão onde precisarmos ir. Em certas ocasiões, é necessário "retirar os remos da água" e confiar na embarcação divina.

CONCEITOS-CHAVE

A - ERROS

Almejemos o aperfeiçoamento, não a perfeição precipitada. Nunca devemos abrir mão do nosso direito de errar, porque então perderemos a disposição de aprender coisas novas e de fazer nossa vida progredir. O único ser humano que jamais comete erros é aquele que nada faz. Quem nunca errou? Errar não é nenhuma tragédia. Quando erramos, "não desviamos as estrelas de sua rota". É uma faceta da condição humana. O delito não é o erro: o erro é insistir nele e não aprender, não mudar de atitude. Não tenhamos medo de cometer erros; não nos privemos da experiência que com eles adquirimos. Aliás, a soma de todos os nossos erros se chama experiência.

B - GENERALIZAÇÃO

Muitas vezes, ao fixarmos certas concepções ou pontos de vista alheios como se fossem absolutos e plenamente corretos, nem notamos que somos reféns emocionais. A linguagem molda a conduta, e reforçar muito um certo tipo de opinião sobre nós mesmos ou sobre outras pessoas pode influenciar negativamente nossos atos e atitudes. A generalização é o processo pelo qual o indivíduo, após vivenciar um fato traumático ou uma série deles, passa a estender essa experiência e ampliá-la de modo sucessivo para todos as áreas da sua existência. Exemplos: crianças que têm trauma em relação aos gatos, por terem sido mordidas por um quando pequenas, ou por terem ouvido dizer que gatos não são de Deus, podem transferir o pânico para outros animais; crianças desobedientes, ameaçadas constantemente pelos pais que tomariam injeção como castigo, podem desenvolver pavor a hospitais.

C - HÁBITOS


Hábitos são atos de uso repetido que levam informações ou noções de vida e, por conseqüencia, induzem a uma maneira permanente e regular de agir, ou seja, a uma prática esperada de conduzir-se na sucessão dos dias. É na infância que tudo pode acontecer. Os adultos têm como intenção agir, de forma inconsciente ou não, com dois propósitos: inicialmente querem familiarizar a criança com o tipo de procedimento considerado aceitável pela família e pelo agrupamento social em que vivem; depois estabelecem limites comportamentais restringindo-as dentro dos moldes vigentes ou pré-estabelecidos pela sociedade. Quanto mais austeros tais preceitos, mais dificuldades ela encontrará na adaptação e mais transgredirá as normas estabelecidas, além dos agravos e traumas psicológicos sérios que poderão aparecer futuramente. Não estamos aqui nos esquecendo que regras e princípios demasiadamente permissivos, brandos ou tolerantes darão uma autonomia desmedida e perigosa à criança nesse momento importante da formação de seu caráter e personalidade.

MORAL DA HISTÓRIA:


Novas ocorrências requerem novas conclusões. Quando verificamos nossos equívocos ou mesmo mudamos de idéia sobre algo ou alguém e, ainda assim, permanecemos inflexíveis e arrogantes diante de uma tomada de decisão, isso pode ser o caminho certo para atingirmos a infelicidade e as desditas existenciais. Não devemos subestimar a voz do coração ou nos julgar frágeis e fracos por mudarmos nossa maneira de sentir, pensar e agir diante das coisas. Sem erro não há conhecimento; sem conhecimento não há evolução: e sem evolução o homem não teria chegado ao estágio em que se encontra. Cabe a nós, então, encarar os desacertos como parte integrante do processo evolutivo, como algo a ser repensado. Libertemo-nos das culpas, das eternas queixas, das comoções de irritação, da agressividade e da frustração. Tentar parecer forte, enérgico e decidido perante as situações que requerem mudança pode nos levar ao que sucedeu com o carvalho. Quebra "a árvore que enfrenta o vento forte e tenta a todo custo manter-se em pé; a cana dobra, inclina a fronte" e permanece ilesa.



REFLEXÕES SOBRE ESTA FÁBULA E O EVANGELHO:

"Os preconceitos do mundo sobre o que se convencionou chamar o ponto de honra dão essa suscetibilidade sombria, nascida do orgulho e da exaltação da personalidade, que leva o homem a restituir injúria por injúria, insulto por insulto" ( ... ) (ESE, cap.12, item 8, Boa Nova Editora.)

"Eu vos digo para não resistirdes ao mal que se vos quer fazer; mas se alguém vos bate na face direita, apresentai-lhe também a outra" ( ... ) (Mateus, 5:38)

"A VERDADEIRA ELOQUÊNCIA CONSISTE EM DIZER TUDO O QUE É PRECISO, E SOMENTE O QUE É PRECISO." - LA ROCHEFOUCALD

HAMMED

O gaio enfeitado com as plumas do pavão

O PLÁGIO

Há quem se reveste da personalidade de outrem, ou a assume, para se ocultar, dissimular ou encobrir a própria personalidade. Mascara-se ou se "maquia" para alterar algo ou manter em segredo uma realidade que quer resguardar. Hammed 

 

O GAIO ENFEITADO COM AS PLUMAS DO PAVÃO

Um gaio (ave da família dos corvídeos do tamanho aproximado de uma pomba e de plumagem marrom-avermelhada, com asas e caudas negras), apoderou das penas que um pavão trocara. Colocou-as em seu corpo e acreditando ser uma bela ave, foi exibir-se entre os outros pavões.

Reconhecido, ei-lo enxotado a bicadas e empurrões violentos. Depenado pelos pavões, ele foge entre vaia estrondosa, corrido, por ludibriar; leva o corpo em carne viva.

Buscando asilo e refúgio entre os gaios, seus iguais, foi repelido a assobios e gargalhadas.

Gaios bípedes eu conheço que não são imaginários; eles usurpam penas alheias e se chamam plagiários.

Mas, cala-te, boca! Não é do meu feitio apontar os impostores! Entre os pavões são notórios os gaios que se apoderam do que não lhes pertence.


O PLÁGIO

Plagiar não é somente fazer imitação de um trabalho alheio ou apresentar como da própria autoria uma obra artística, literária, científica que pertence a outrem. Pode também ser interpretado, psicologicamente, como uma atitude íntima que se opera na casa mental além dos limites da percepção consciente.

"Querer ser ou parecer o outro", na maior parte das vezes, é um fenômeno inconsciente, pois a atividade mental do indivíduo acontece por meio de atitudes imperceptíveis, não deixando explícita sua intencionalidade. Há, porém, inúmeras formas de plagiar que se encaixam perfeitamente no quadro de estados patológicos da mente.

Adornar-se com "penas de pavão" pode parecer simplesmente uma "fantasia", mas é uma defesa do ego que proporciona satisfação ilusória para os desejos íntimos não realizados. O inconsciente cria uma satisfação substituta que supostamente supre a realidade.

Há quem se reveste da personalidade de outrem, ou a assume, para se ocultar, dissimular ou encobrir a própria identidade. Mascara-se ou se "maquia" para alterar algo ou manter em segredo uma realidade que quer resguardar.

Esses processos psíquicos, são freqüentes em indivíduos saudáveis, mas, em excesso, eles sugerem sintomas neuróticos e, em alguns casos extremados, indicariam até psicopatia, transtorno mental caracterizado por desintegração da personalidade, conflito com a realidade ou fragmentação da casa mental. Daí o termo esquizofrenia: do grego skhizo (separar, dividir, fender) e phrên, phrenós (coração, alma, mente, vontade).

Existem homens que apresentam comportamento idêntico ao dos "gaios", pois vivem situações fantasiosas, impregnando-se de peculiaridades ou características de outrem, e se transformam, total ou parcialmente, de maneira irreal, no modelo idealizado. É um anseio imaginário em que o sujeito está vivenciando, de modo dissimulado, uma necessidade Íntima, consciente ou não.

Muitos de nós deixamos de viver saudavelmente porque idealizamos um futuro ilusório; e baseamos a vida em idéias sem consistência ou fundamentos reais. Esperar aceitação total na Terra é ilusão, e esperança de agradar a maioria das criaturas é ilusão ainda maior.

Recheamos a mente de teorias e idéias inacessíveis e a boca de admiráveis palavras, em vez de intensificarmos o melhor de nós mesmos na vida prática.

Mas só se vive de fato a partir da própria realidade. Por fora, podemos viver contemporizando com todos; mas por dentro, só escutando Deus em nós.

Por que objetivar para nós ideais de outrem quando o real não condiz com nossa essência?

Não estamos nos referindo à realidade circunstancial em que vivemos hoje, mas à que está no nosso Íntimo, que está além dos eventos do dia-a-dia e de todas as ocorrências externas. Somente produzimos a partir dos frutos oriundos do nosso âmago. Disse Jesus a respeito das aparências: "Por seus frutos os conhecereis ... " (Mateus, 1: 20)

As "árvores" não serão conhecidas e respeitadas apenas por sua aparência exterior. Não só pelo caule vetusto ou copa frondosa. Não apenas por suas folhagens verdejantes ou ramos mirrados. Nem pela feição imponente ou aspecto definhado. Não só pela exuberância das flores ou pelas pétalas sem viço. Não apenas pela fragrância suave ou pelos aromas desagradáveis. Mas sobretudo pelos frutos, pela serventia, pela capacidade de produzir. Igualmente acontece com a nossa individualidade transcendental em desenvolvimento.

Na natureza, os "gaios" são tão importantes como os "pavões" e, na coletividade humana, cada um de nós tem sua própria importância e é chamado a cooperar de modo singular no concerto da vida.

Um ser desperto e lúcido não nos analisará pelo que parecemos, não fará juízo de valor aquilatando simplesmente nossa exterioridade, ou mesmo examinando apressadamente nossos atos e atitudes, mas sim, observará nossa capacidade de realização e colaboração no bem comum e na nossa habilidade de expressar socialmente algo positivo de que todos possam usufruir.

"Pelos frutos os conhecereis" - afirmou Jesus de Nazaré. De nada nos adianta uma máscara ou aparência plagiada, pois seremos apreciados pelas nossas reais intenções e atitudes interiores. Por isso, sim, seremos conhecidos.


CONCEITOS-CHAVES

A - MECANISMOS DE DEFESA DO EGO

São processos psíquicos inconscientes que aliviam o ego do estado de tensão causado por ameaças e fatos inaceitáveis que emanam da realidade externa. Ao permitirmos que alguns conteúdos psicológicos indesejáveis cheguem claramente à consciência, esses mecanismos entram em ação para dar suporte enquanto não encontramos solução para os conflitos que julgamos incapazes de resolver.

B - MÁSCARA

Deriva do italiano maschera. Já as palavras "pessoa" e "personagem" originam-se do latim persona, que significa "máscara de ator de teatro". Todas as pessoas têm sua personalidade, ela é delimitadora de sua relação com seus iguais, é a máscara que todos usam nas suas relações interpessoais. Conceitua-se personalidade tudo aquilo que distingue uma pessoa de outras, quer dizer, o conjunto de características psicológicas que determinam sua individualidade.

C - IDEALIZAÇÃO

É viajar ao mundo da fantasia. É tirar os pés do chão e pisar num palco, onde representamos imprevistos e inusitados papéis. No amor, a idealização é uma aventura irreal, um conto de fadas. É assim que pensam muitos: "ela corresponderá a todos os meus anseios"; "ele será decidido e me protegerá sempre", "ela jamais me decepcionará", "ele nunca olhará para outra"; "ela será servil e me deixará tomar as decisões". A insanidade do idealizador é ignorar a própria idealização e a vida real, que passa despercebida.


MORAL DA HISTÓRIA:

Quem não se contenta com o que é e com o que teme cobiça o que ao outro pertence acaba perdendo o que lhe era próprio. Tomemos consciência do que nós somos agora. Vivamos o hoje. Sem expectativas e idealizações, estaremos rumo à nossa própria realidade, ou seja, à existência pela qual Deus nos criou. Aquele que vive a partir de sua essência, sem se deixar escravizar pelas forças obscuras das convenções sociais, com certeza atingirá seus objetivos íntimos e cumprirá suas metas existenciais. Possuímos uma vida singular. Esse sentimento de que todos menos nós temos uma vida de valia, utilitária e valorosa é repercussão do passado. Crenças negativas que nos impedem de desenvolver saudavelmente a criatividade. A felicidade de cada indivíduo existe na proporção direta do grau de realidade em que ele vive.


REFLEXÕES SOBRE ESTA FÁBULA E O EVANGELHO:

"( ... ) e enviaram-lhe os seus discípulos, juntamente com os herodianos, a dizer: Mestre, sabemos que és verdadeiro, e que ensinas segundo a verdade o caminho de Deus, e de ninguém se te dá, porque não olhas a aparência dos homens." (Mateus 22:16.)

"A benevolência para com os semelhantes, fruto do amor ao próximo, produz a afabilidade e a doçura que lhe são a manifestação. Entretanto, não é preciso se fiar sempre nas aparências; a educação e a civilidade do mundo podem dar o verniz dessas qualidades. Quantos há cuja fingida bonomia não é senão máscara para o exterior ( .. .)" (ESE, cap. IX, item 6, Boa Nova Editora)

"TÃO ACOSTUMADOS ESTAMOS A NOS DISFARÇAR PARA OS OUTROS QUE ACABAMOS NOS DISFARÇANDO PARA NÓS MESMOS."
LA ROCHEFOUCAULD

HAMMED 
La Fontaine e o 
comportamento
humano

Senhor,médico de nossas almas!

Agradecemos a tua paciência para com nossas limitações.

Agradecemos o ensejo do aprendizado por meio da observação da nossa própria conduta.

E desejosos de prosseguir caminho afora, ao teu lado pedimos-te a proteção para guardarmos este mesmo espírito de renovação,de solidariedade e companherismo.

Aqui e onde mais estivermos, que seja feita a tua vontade... ASSIM SEJA

Quem por aqui passar...

Saiba que :

Em cada letrinha aqui digitada, em cada mensagem, cada foto, cada espaço, cada vídeo, cada música, possui muito, mas muito carinho e dedicação... Algumas linhas são minhas, outras não. Procuro preservar os direitos daqueles que escrevem, informando ao final a devida autoria, outras poderão aparecer sem esta informação. Alguns textos são digitados por mim, outros copiados e colados. Alguns, investigo a fonte e a veracidade, outros não... Mas o que importa neste espaço, é a verdadeira vontade, é o amor, e a reunião de minhas intenções. Poderei passar sempre aqui, ou não... Mas o que importa...é que se por acaso tu passares por aqui, que leves algo importante para ti... E lembrem-se sempre, desta frase , dita por Dalai-Lama:

“O diálogo é fonte de FELICIDADE."

Com Carinho,

Lorena.

NÃO ESTRAGUE O SEU DIA




  • A sua irritação não solucionará problema algum.
  • As suas contrariedades não alteram a natureza das coisas.
  • Os seus desapontamentos não fazem o trabalho que só o tempo conseguirá realizar.
  • O seu mau humor não modifica a vida.
  • A sua dor não impedirá que o Sol brilhe amanhã sobre os bons e os maus.
  • A sua tristeza não iluminará os caminhos.
  • O seu desânimo não edificará a ninguém.
  • As suas lágrimas não substituem o suor que você deve verter em benefício da sua própria felicidade.
  • As suas reclamações, ainda mesmo afetivas, jamais acrescentarão nos outros um só grama de simpatia por você.
  • Não estrague o seu dia. Aprenda, com a Sabedoria Divina, a desculpar infinitamente, construindo e reconstruindo sempre para o Infinito Bem.
  • Chico Xavier/André Luiz.

    Agenda Cristã.


    "Força, coragem, determinação e muita fé"

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    "Em cada um de nós há um segredo, uma passagem interior, com Planícies invioláveis, vales de silêncio e paraísos secretos." (S. Exupery)